Aconteceu na ONJT: Filho segue os passos do pai e ambos competem juntos
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Dizem que o exemplo fala mais alto do que as palavras e o Vinícius Pedroso dos Santos, servidor do TRT 4-RS, confirma isso. O pai dele, Luís Fernando Dorneles dos Santos, ingressou na Justiça do Trabalho há 30 anos, o tempo que o filho tem de vida. Colega de trabalho do pai há dois anos, ele diz que brincava com o assunto de seguir os passos dele, mas que jamais pensou que isso se tornaria realidade.
Os dois são atletas fiéis da Olimpíada Nacional da Justiça do Trabalho (ONJT) e a ordem de casa é levar o ouro. “Meu pai sempre me incentivou muito a praticar esportes e também me contava sobre a ONJT e, inclusive, que havia sido campeão do futebol em 2006. Por isso, na minha primeira participação em 2016, em Natal, meu pai me disse ‘Tu podes ir, mas saiba que tens que voltar com o ouro para manter a tradição da família’. Imagina a responsabilidade que levei na mala. Mas, para minha surpresa, tudo deu tão certo que a delegação do Rio Grande do Sul foi campeã na modalidade do futsal livre e assim foi mantida a tradição da família”, contou, sorrindo.
Para Luís, a ordem de levar o ouro é porque a família é competitiva. “Eu já tinha participado da Olimpíada e ganhei o ouro. Aí exigi isso dele, já que na ONJT seguinte eu não pude participar porque estava lesionado, tinha machucado o pé, fraturado a fíbula”, disse. Segundo ele, o plano era toda Olimpíada, desde a entrada do filho na Justiça do Trabalho, os dois disputarem juntos. Entretanto, um acidente de moto acabou atrapalhando. Luís quebrou a perna e não pôde competir com o filho na XVI edição, em Vitória.
Mas isso não o impediu de fazer uma surpresa. “Meu pai, com a ciência de alguns colegas da delegação, viajou até Vitória sem me contar para assistir aos meus jogos. Confesso que tomei um susto quando encontrei ele assistindo meus jogos. Foi muito legal passar uma semana ao lado do meu pai, sendo motivado e, para aumentar a alegria, comemoramos juntos o título do futebol soçaite livre. São sentimentos que só a ONJT proporciona”, relatou Vinícius.
“Eu não podia jogar, mas queria participar. Comprei a passagem e não avisei a ele. Cheguei em Vitória antes dele. Durante a viagem, enquanto fiz conexão em São Paulo, fiquei conversando com ele por mensagens incentivando a participação dele no evento. No horário do treino eu apareci e levaram ele até a mim para mostrar quem estava lá prestigiando. Foi muito bom participar junto com ele e vê-los levando ouro no futebol soçaite”, explicou Luís.
Para o pai, é uma satisfação ver o filho seguindo o seu exemplo. “Eu percebo que atingi o objetivo que eu imaginava desde que ele era criança, que ele tivesse uma formação de educação em casa, na escola e que ele pudesse usar essa educação profissionalmente. E ele conseguiu, fiquei muito satisfeito. E agora estou ainda mais satisfeito ao saber que ele passou para outro concurso, no TRT 15-Campinas para o mesmo cargo que o meu, oficial de justiça. É uma satisfação dupla, de primeiro estar na Justiça do Trabalho e de chegar ao mesmo cargo que eu cheguei. Eu acho que ele escolheu a Justiça do Trabalho por inspiração. Via que nós tínhamos muita união. A nossa integração é muito grande”, finalizou Luís.
“É indescritível a sensação, como filho, quando servimos de exemplo para nossos pais. Sou eternamente grato pela qualidade de vida que a Justiça do Trabalho proporciona e acho muito legal ter como colegas de trabalho e de time, pessoas que me conheceram muito pequeno, tenho muito orgulho em contar isso. Eu tenho um carinho especial pelas ONJT, pois além de incentivarem à prática de esportes, promovem a integração entre todas as delegações. A ONJT apenas coroa o trabalho feito ao longo de todo o ano. Foi impressionante treinar semanalmente ao lado do meu pai e saber que ele voltou a jogar o futebol para que pudéssemos jogar juntos,” finalizou Vinícius.