Dia Internacional da Mulher: Conheça a história de superação da atleta Andrea Gontijo, servidora da Justiça Federal que participou da Olimpíada pela primeira vez
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Celebrado internacionalmente como um marco de luta e conquistas femininas, o Dia Internacional da Mulher é uma ocasião significativa em todo o mundo. Para celebrar essa data, exploraremos a história de uma das nossas atletas. Integrante da Justiça Federal do Espírito Santo, ela participou pela primeira vez da Olimpíada Nacional do Judiciário Federal em João Pessoa, no ano de 2023.
Aos 44 anos, Andrea Gotijo reviveu momentos da adolescência participando das equipes esportivas do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região. Ela nos brinda com uma conversa inspiradora sobre sua jornada esportiva e as superações que marcam sua trajetória.
Seja bem-vinda a nossa conversa, Andrea. Para iniciarmos, gostaríamos de saber como começou seu envolvimento com o esporte.
Meu envolvimento com o esporte começou desde cedo acompanhando meu pai em seus jogos de futebol (ele era goleiro) e peteca. Fui tomando gosto, acompanhando várias modalidades pela televisão e praticando tudo o que eu pudesse na escola rsrs. Eu amava competir pela minha escola ou pela minha turma e isso me motivou a participar da Olimpíada Nacional do Judiciário Federal. Eu trabalho na Justiça Federal, já tinha conhecimento da Olimpíada por amigos da Justiça do Trabalho e ansiava poder participar do evento.
Desde 2020, servidores de outros órgãos do Judiciário, além da Justiça do Trabalho, podem participar do evento. Como foi a sua experiência na Olimpíada?
Eu participei pela primeira vez em 2023 em João Pessoa e me apaixonei com a organização, o clima de companheirismo, amizade. O momento mais marcante foi no último jogo de basquete 3×3 de João Pessoa, pois fraturei meu dedo durante o jogo e continuei jogando assim mesmo e conquistamos a medalha de prata.
Todos os momentos foram especiais! O clima da Olimpíada é uma delícia e mesmo sendo uma competição, fazemos amizades com pessoas de todos os estados. A conquista da medalha de prata no basquete foi emocionante e sentir o carinho da torcida no vôlei foi inesquecível.
Durante o evento, além do basquete 3×3 e do vôlei de quadra, participei do handebol. Em Manaus também vou me aventurar no vôlei de areia e no atletismo. Inclusive, já comprei minha passagem para Manaus e pretendo participar de todas daqui pra frente!
Ao longo de sua trajetória esportiva na Olimpíada, você enfrentou algum desafio? Como o superou e se manteve dedicada ao esporte?
Eu sempre me desafio a fazer o meu melhor e às vezes o corpo não corresponde como a gente quer… É importante estarmos sempre bem mentalmente para que o nosso físico corresponda da melhor maneira.
Em João Pessoa, tive um momento complicado no vôlei pois no meio da partida sofri a síndrome da pedrada [uma lesão que afeta a panturrilha]. Era o primeiro jogo e queria participar de toda a Olimpíada de qualquer jeito. Todos à minha volta achavam que a Olimpíada tinha acabado para mim. Resolvi ir ao médico numa cidade que não conhecia, me mediquei de forma adequada e com muito gelo e alongamento pude participar do resto da competição. Foi realmente desafiador. A partir daí estou fazendo treino de fortalecimento para evitar lesões e continuar dedicada ao esporte.
A minha meta é conseguir competir em mais modalidades em Manaus, além de conquistar mais medalhas para o Espírito Santo. Competir faz a gente extrair o melhor de nós mesmos. A vitória enaltece todo o nosso trabalho e a derrota também traz muitas lições.
E fora das competições, a prática esportiva de alguma forma influenciou sua vida?
A prática esportiva faz com que eu esteja sempre mais bem disposta e com saúde para enfrentar os problemas do dia a dia. Brinco que é minha terapia. O esporte também traz muitas amizades e através dele me sinto privilegiada em participar e acompanhar de perto o desenvolvimento da minha filha no vôlei, uma vez que treinamos juntas e sei que não é qualquer mãe que tem esse privilégio!
Há alguns anos eu achava quer seria impossível eu participar de uma Olimpíada, ficando uma semana fora de casa, deixando minha família. Hoje eu percebo o quanto é importante a mulher ter um tempo para ela mesma, se dedicando a algo que ama, e ainda ter o apoio da família para tal! Além disso, o contato com os atletas de outros estados e o fato da Olimpíada se realizar todo ano em um lugar diferente nos engrandece culturalmente. Nunca tinha ido à João Pessoa e será minha primeira vez em Manaus! Lugares distantes e culturalmente tão diferentes do meu estado.
Em celebração ao Dia da Mulher, que mensagem especial você gostaria de enviar para todas as mulheres que buscam alcançar seus objetivos, seja no esporte ou em outras áreas da vida?
Eu acredito que a mulher acumula tantas funções ao longo da vida que acaba se esquecendo dela mesma. O cuidar dos filhos, da casa, da família e ainda trabalhar nos deixa sem tempo para nos dedicar a algo mais. Minha mensagem é que toda mulher comece a olhar mais para dentro de si e consiga o apoio da família para se dedicar a algo que ame. Eu encontrei esse prazer no esporte! E não largo mais! Rsrs
Gostaria de aproveitar para agradecer a inclusão da Justiça Federal na Olimpíada e convidar todos os servidores a vivenciar essa experiência. Hoje, aos 44 anos, estou me sentindo realmente uma atleta! Treinando quase todos os dias da semana, me preocupando com minha alimentação e me sentindo extremamente saudável e bem-disposta! A Olimpíada permitiu que eu vivenciasse novamente aquela época gostosa em que eu participava dos jogos escolares e fez com que eu estabelecesse uma meta pessoal no esporte. Obrigada ANASTRA!
Você também pode participar da Olimpíada Nacional do Judiciário Federal, que acontecerá entre 24 e 30 de agosto em Manaus. O evento é realizado para magistrados e servidores da Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral, Justiça Federal, Justiça Militar, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Militar.