Vida de atleta: medalhista de ouro do TRT1-RJ conta como o esporte salvou sua vida
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Medalhista de ouro na última edição da Olimpíada Nacional da Justiça do Trabalho (ONJT), realizada no mês de maio em Blumenau (SC), a servidora Celina Santana, 55 anos, agradece todos os dias por ter aceitado o convite para integrar o time de handebol do Tribunal, após cerca de 23 anos sem praticar esportes. Isso porque, com o retorno às quadras, a assistente de juiz substituto descobriu que tinha uma trombose, doença que pode ser fatal.
Servidora do TRT/RJ há 16 anos, Celina, em 2019, finalmente se rendeu ao convite (que recebia há anos) para ir a um treino de handebol do Tribunal. Ela, que havia praticado o esporte durante mais de 15 anos – além de vôlei, basquete e salto à distância -, estava sem pisar nas quadras desde que teve que desistir dos esportes por falta de recursos financeiros. “Eu precisava trabalhar, e mesmo trabalhando, o salário não dava para custear as despesas com locomoção, alimentação, uniformes, etc.”, conta a servidora, que foi atleta federada de vôlei e handebol.
No primeiro treino com a equipe do TRT/RJ, Celina caiu na quadra e acabou descobrindo uma trombose assintomática. “O handebol ‘literalmente’ salvou minha vida. A trombose ocorreu por efeito colateral de um medicamento e por pouca movimentação, muitas horas sentada desde que entrei para o teletrabalho, e pouco exercício físico”, explica ela que, depois desse episódio, faz questão de encaixar a atividade física na sua rotina. Na verdade, a prática de exercícios físicos agora virou questão de vida ou morte!
A assistente de juiz passou quase dois anos tratando da sua perna e, mesmo andando mal, voltou ao treino de handebol. “Eu havia prometido a mim mesma que, se a minha trombose não deixasse sequelas, e caso eu conseguisse correr, eu voltaria a treinar handebol e participaria da ONJT, ainda que não jogasse por muito tempo”, relata, orgulhosa. Após a liberação do seu médico para participar dos Jogos, Celina cumpriu a promessa. Em maio, foi à 19ª edição da ONJT, a primeira após o início da pandemia, e fez parte do time que foi campeão do handebol feminino.
Sobre a competição, Celina ficou mais do que feliz com o seu desempenho: “Eu gostei muito de ter participado. Trouxe-me bem-estar, tranquilidade,… estou me sentindo leve. Torci muito, principalmente pelo atletismo. E o melhor: consegui correr, saltar, fazer lançamentos e até dei um ‘toco’ numa jogadora mais alta que eu no handebol”, se diverte nossa atleta. Ela conquistou ainda outra medalha de ouro – com a equipe de damas – e participou de uma prova de natação, esporte que a ajudou na sua recuperação da trombose.
O retorno ao esporte e a estreia na ONJT, como diz, a deixaram revigorada. Tanto que, para o futuro, Celina pensa em continuar nas piscinas e em integrar as equipes de vôlei e basquete do TRT/RJ. Quanto às pessoas que, como ela, pararam de praticar ou reduziram as atividades físicas, ela deixa uma mensagem: “Aos que pararam por idade ou por alguma contusão, voltem, ainda que seja em outra modalidade, pois são os movimentos do corpo que aceleram o cérebro e isso é algo muito bom para se preparar para um longo dia de trabalho ou aliviar o estresse. Não fique parado, principalmente quem se encontra no teletrabalho. A mentalidade do campeão não se resume a vencer, mas não desistir e dar tudo de si”. Tá dado o recado!
Fonte: Secretaria de Comunicação Social e Cerimonial do TRT1-RJ